Paulo de Tarso falou à comunidade judaico-cristã que: “ não vos conformeis com este mundo, mas
transformai-vos pela renovação da vossa mente...” Romanos 12:2
Pessoas medíocres são medianas e se contentam com o status quo, não buscam o melhor, não me
refiro a querer ser melhor que os
outros, mas sim ser melhor que a si mesmo.
Afinal somos eternos aprendizes. O fisiologista francês Claude Bernard
diz: É o que nós pensamos que sabemos que nos impede de aprender.
A mediocridade reina em autoridades, altos cargos, líderes, e
pessoas comuns. Tememos errar, tememos ofender, não ser aceitos e por isso não
avançamos em aguas mais profundas, e preferimos as margens.
É bom de vez em quando fazer algo que seja arriscado ou fora
dos padrões, porque o crescimento sempre vem com as experiências. Não estou
querendo dizer que fazer as coisas certas é ruim. Estou querendo dizer que ser “engessado”
demais pode ser um problema, porque a pessoa não se abre a novas
possibilidades. Lembro quando trabalhei em uma empresa onde fazia o processo de
contratação em um dos questionários usado, tinha a uma pergunta: Quantas vezes
você deve errar na empresa? Tinha varias
opções , 1. 2 .3 ou nenhuma. Por orientação da empresa eu deveria dar como
resposta certa a opção nenhuma, porém eu insistia em que o funcionário que
ficar preso a essa regra de não erra, acaba ficando medíocre e não arrisca em
fazer algo melhor pela empresa, e advinha? os melhores funcionários eram os que
de fato não tinham medo de errar.
Sem a criatividade e o desejo de fazer algo diferente, não desejaríamos
ser melhores como pessoas, nem aprender bem um ofício; não existiria progresso
ou desenvolvimento, nem nada de novo à face da Terra. Viveríamos em cavernas.
Quem é génio, quem é
artistas ou simplesmente “anormal” é revolucionário, sai do status
quo , discuti a norma em vez de cegamente aplicar.
O indivíduo medíocre representa uma jóia para o sistema, pois
é o consumidor ideal, fácil de manipular, e não questiona a autoridade nem as
normas. Talvez por esse motivo, o modelo educativo, religioso e politico gostam
dos medíocres e tem como inimigo o “anormal”.
Nesse caso, estará a excelência reservada a uma pequena minoria?
Não é preciso ser Aristóteles ou Einstein; a excelência também está presente
nos que sabem admirar o talento dos outros e tomá-lo por modelo.
Não depende das notas na escola, nem da classe econômica, nem
da profissão. Um humilde gari pode buscar a excelência se for capaz de ter um bom
gosto para se vestir, embora a roupa seja barata, e saberá escolher os amigos,
distinguir um bom filme de um fraco e apreciar a beleza de um pôr-do-sol. Do
mesmo modo, é possível que um líder político ou um multimilionário seja um
medíocre, sem capacidade para distinguir o excepcional. Por muito dinheiro,
fama ou poder que tenha, a decoração da sua casa não terá grande estilo,
dificilmente saberá escolher pessoal bem preparado para o auxiliar e não
conseguirá distinguir sozinho uma verdadeira obra de arte de uma variação
oportunista sobre os temas da moda.
Por isso creio que se nós não quisermos ser uma pessoa
medíocre, temos que ser diferente, dizer não ao adestramento, ser menos
confortável e sair do obvio. Mas saiba que é um caminho que tem seu preço. Como
diz Sofocleto “ A mediocridade é a arte de não ter inimigos”.